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terça-feira, 19 de junho de 2012

Conan



Conan, o Bárbaro é o maior personagem da literatura de fantasia heróica -- ou "espada & feitiçaria" (sword and sorcery). Criado pelo escritor texano Robert E. Howard em 1932. Fez sua primeira aparição na revista pulp Weird Tales no conto chamado "The Phoenix on the Sword" (em português, A Fênix na Espada). Howard escreveu mais dezenove histórias e um romance protagonizados pelo personagem (três dos contos só publicados após sua morte), sendo que outros escritores de renome também criaram histórias de Conan ou reescreveram contos, a partir de sinopses e fragmentos originais após 1936, ano em que Howard se suicidou. Dentre esses recuperadores e continuadores da obra de Howard se destacam L. Sprague de Camp e Lin Carter.

As histórias de Howard sobre Conan -- e também sobre Kull, o rei da Valúsia, uma criação anterior a Conan -- ajudaram a definir o formato da fantasia heróica como subgênero da fantasia: A ênfase em um herói que é um poderoso guerreiro, hábil espadachim, de disposição violenta e contrária às hipocrisias e fraquezas da civilização, e que sempre se defrontava com ameaças sobrenaturais sobre as quais sempre prevalecia, fossem elas magos, demônios ou outras criaturas de eras perdidas no tempo.

No começo da década de 70 a editora Marvel Comics começou a publicar histórias em quadrinhos de Conan, com estrondoso sucesso, e esse é o meio a que sua imagem ficou mais vinculada. Os quadrinhos de Conan foram editados pela Marvel até 2004, quando a editora desistiu dos direitos do personagem, que foram adquiridos pela Dark Horse Comics, que começou então a publicar a premiada revista Conan, mais um sucesso de crítica e de público.

Conan foi adaptado com muito sucesso para o cinema por duas vezes nos filmes Conan, O Bárbaro (em 1982) e Conan, O Destruidor (em 1984). Em ambos os filmes, Conan foi interpretado pelo ator Arnold Schwarzenegger.

Era Hiboriana

Saiba, ó príncipe, que naqueles anos em que os mares sorveram Atlântida e os vislumbres de cidades, e à época do surgimento dos Filhos de Aryas, houve uma era inimaginável, durante a qual os reinos de esplendor se espalharam pelo mundo como miríades de estrelas sob o manto azul dos céus - Nemédia, Ophir, Brithúnia, Hiperbórea. Zamora, com suas mulheres de cabelos escuros e torres assombreadas por aranhas misteriosas; Zíngara e a nobreza; Koth, fonteiriça com as terras pastoris de Shem; Stygia, com as tumbas vigiadas por fantasmas; Hirkânia, e os cavaleiros vestidos de aço e seda e ouro. Porém, o reino mais orgulhoso do mundo era a Aquilônia, soberana do Ocidente sonhador. Nesta época surgiu Conan da Ciméria, cabelos negros, olhar sombrio e espada na mão, ladrão, saqueador, assassino, assolado igualmente por gigantescas crises de melancolia e jovialidade, para pisotear os adornados tronos da Terra com suas sandálias." (Crônicas da Nemédia)

As histórias de Conan e de alguns outros personagens de Howard se passam na fictícia Era Hiboriana, uma época pré-glacial anterior ao registro da história conhecida, posterior à suposta submersão de Atlântida, segundo L. Sprague DeCamp, doze mil anos atrás, segundo outro autor, Dale Ripke, trinta e cinco mil anos atrás.

O excerto acima foi retirado do livro publicado pela Editora Conrad no Brasil[1], com os contos originais de Howard. A tradução deixa a desejar, inclusive, a referida citação contém erros que foram reproduzidos fielmente.

Ciméria

Conan é natural da fantasiosa Ciméria, um reino fictício do norte, considerado místico e bárbaro pelos mais civilizados reinos do Sul e que, geograficamente, corresponderia aproximadamente às Ilhas Britânicas. Os cimérios eram, supostamente, descendentes decaídos dos antigos atlantes e eram conhecidos por sua belicosidade, habilidade em escalar obstáculos e ódio aos atarracados pictos e aos ruivos vanires, dois outros povos com os quais disputavam fronteiras.

Quem é Conan

Nascido em um campo de batalhas e filho de um ferreiro, aos quinze ou dezesseis anos, Conan deixou voluntariamente sua tribo e começou a vagar pelo mundo, tendo lutado ao lado dos loiros aesires sendo, posteriormente, escravizado pelos hiperbóreos. Escapando, atuou como saqueador, mercenário e pirata, sendo esta fase uma de suas mais marcantes devido a seu grande amor, a morena Bêlit, mais conhecida como a Rainha da costa Negra, que veio a falecer nas mãos do último sobrevivente de uma raça milenar. Durante sua vida enfrentou guerreiros, feiticeiros, monstros, vampiros, demônios, lobisomens e até mesmo criaturas dimensionais. Após inúmeras aventuras, aos quarenta anos, Conan conseguiu se tornar rei da Aquilônia, que, junto com a culta Nemédia, constituíam as mais altivas e poderosas nações hiborianas. Isto se deu após uma sangrenta guerra civil, quando o cimério estrangulou o traiçoeiro regente anterior, Numedides, e usurpou o trono. Após algumas tentativas deposição, ele teria se casado com a cortesã Zenóbia e tido filhos com a mesma. Depois de cerca de trinta anos no poder, com cerca de sessenta e oito anos, Conan teria deixado o reino para seu filho mais velho, Conn, e partido para o enigmático Oeste, onde, após uma contenda nas misteriosas Ilhas de Antillia, remanescentes da desaparecida Atlântida, teria rumado com velhos companheiros de seus tempos de pirata ao obscuro continente de Mayapan, sendo que até aqui constam suas crônicas.

Personalidade e habilidades de Conan

Conan é descrito como ladrão sagaz, mercenário e assassino frio, formidável guerreiro, com olhos sombrios e mãos sempre prontas a empunhar uma espada. Vaga pelo mundo, por luta, ouro, mulheres e vinho. Detesta particularmente a magia e todos os seus praticantes. Ainda assim, ele conserva um certo príncipio ético de justiça, o que o faria, por exemplo, defender pessoas indefesas, depor governantes mesquinhos, etc. Seu deus é Crom, considerado distante e que pouco liga para o destino dos homens. É considerado invencível no combate de espadas. Possui força física avantajada e reflexos e sentidos aguçados. Ele também é um líder nato e excelente estrategista militar.

Constantes nas histórias de Conan

Duas constantes nas histórias de Conan são as aparições quase que obrigatórias de seres sobrenaturais grotescos e mulheres inversamente belas. Dentre estas, além da Rainha da Costa Negra, apareceram com destaque em suas aventuras as guerreiras Red Sonja (nos quadrinhos) e Valéria. Quase todas as bestas acabam inevitavelmente sendo mortas por Conan, e quase todas as mulheres, seduzidas por ele. Suas aventuras são sempre bastante violentas, repletas de ação, sendo que os reinos mais civilizados são mostrados como antros de corrupção, decadência, libertinagem e burocracia. O motivo disso seria a grande decepção de Howard com os rumos da sociedade moderna. Por isso, em suas histórias, aqueles que são chamados de bárbaros é que são geralmente os guardiões de uma certa ética.

(Fonte : Wikipédia)

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