Conan, o Bárbaro é o maior
personagem da literatura de fantasia heróica -- ou "espada &
feitiçaria" (sword and sorcery). Criado pelo escritor texano Robert E.
Howard em 1932. Fez sua primeira aparição na revista pulp Weird Tales no
conto chamado "The Phoenix on the Sword" (em português, A Fênix na
Espada). Howard escreveu mais dezenove histórias e um romance
protagonizados pelo personagem (três dos contos só publicados após sua
morte), sendo que outros escritores de renome também criaram histórias
de Conan ou reescreveram contos, a partir de sinopses e fragmentos
originais após 1936, ano em que Howard se suicidou. Dentre esses
recuperadores e continuadores da obra de Howard se destacam L. Sprague
de Camp e Lin Carter.
As histórias de Howard sobre
Conan -- e também sobre Kull, o rei da Valúsia, uma criação anterior a
Conan -- ajudaram a definir o formato da fantasia heróica como subgênero
da fantasia: A ênfase em um herói que é um poderoso guerreiro, hábil
espadachim, de disposição violenta e contrária às hipocrisias e
fraquezas da civilização, e que sempre se defrontava com ameaças
sobrenaturais sobre as quais sempre prevalecia, fossem elas magos,
demônios ou outras criaturas de eras perdidas no tempo.
No começo da década de 70 a
editora Marvel Comics começou a publicar histórias em quadrinhos de
Conan, com estrondoso sucesso, e esse é o meio a que sua imagem ficou
mais vinculada. Os quadrinhos de Conan foram editados pela Marvel até
2004, quando a editora desistiu dos direitos do personagem, que foram
adquiridos pela Dark Horse Comics, que começou então a publicar a
premiada revista Conan, mais um sucesso de crítica e de público.
Conan foi adaptado com muito
sucesso para o cinema por duas vezes nos filmes Conan, O Bárbaro (em
1982) e Conan, O Destruidor (em 1984). Em ambos os filmes, Conan foi
interpretado pelo ator Arnold Schwarzenegger.
Era Hiboriana
Saiba, ó príncipe, que naqueles
anos em que os mares sorveram Atlântida e os vislumbres de cidades, e à
época do surgimento dos Filhos de Aryas, houve uma era inimaginável,
durante a qual os reinos de esplendor se espalharam pelo mundo como
miríades de estrelas sob o manto azul dos céus - Nemédia, Ophir,
Brithúnia, Hiperbórea. Zamora, com suas mulheres de cabelos escuros e
torres assombreadas por aranhas misteriosas; Zíngara e a nobreza; Koth,
fonteiriça com as terras pastoris de Shem; Stygia, com as tumbas
vigiadas por fantasmas; Hirkânia, e os cavaleiros vestidos de aço e seda
e ouro. Porém, o reino mais orgulhoso do mundo era a Aquilônia,
soberana do Ocidente sonhador. Nesta época surgiu Conan da Ciméria,
cabelos negros, olhar sombrio e espada na mão, ladrão, saqueador,
assassino, assolado igualmente por gigantescas crises de melancolia e
jovialidade, para pisotear os adornados tronos da Terra com suas
sandálias." (Crônicas da Nemédia)
As histórias de Conan e de
alguns outros personagens de Howard se passam na fictícia Era Hiboriana,
uma época pré-glacial anterior ao registro da história conhecida,
posterior à suposta submersão de Atlântida, segundo L. Sprague DeCamp,
doze mil anos atrás, segundo outro autor, Dale Ripke, trinta e cinco mil
anos atrás.
O excerto acima foi retirado do
livro publicado pela Editora Conrad no Brasil[1], com os contos
originais de Howard. A tradução deixa a desejar, inclusive, a referida
citação contém erros que foram reproduzidos fielmente.
Ciméria
Conan é natural da fantasiosa
Ciméria, um reino fictício do norte, considerado místico e bárbaro pelos
mais civilizados reinos do Sul e que, geograficamente, corresponderia
aproximadamente às Ilhas Britânicas. Os cimérios eram, supostamente,
descendentes decaídos dos antigos atlantes e eram conhecidos por sua
belicosidade, habilidade em escalar obstáculos e ódio aos atarracados
pictos e aos ruivos vanires, dois outros povos com os quais disputavam
fronteiras.
Quem é Conan
Nascido em um campo de batalhas e
filho de um ferreiro, aos quinze ou dezesseis anos, Conan deixou
voluntariamente sua tribo e começou a vagar pelo mundo, tendo lutado ao
lado dos loiros aesires sendo, posteriormente, escravizado pelos
hiperbóreos. Escapando, atuou como saqueador, mercenário e pirata, sendo
esta fase uma de suas mais marcantes devido a seu grande amor, a morena
Bêlit, mais conhecida como a Rainha da costa Negra, que veio a falecer
nas mãos do último sobrevivente de uma raça milenar. Durante sua vida
enfrentou guerreiros, feiticeiros, monstros, vampiros, demônios,
lobisomens e até mesmo criaturas dimensionais. Após inúmeras aventuras,
aos quarenta anos, Conan conseguiu se tornar rei da Aquilônia, que,
junto com a culta Nemédia, constituíam as mais altivas e poderosas
nações hiborianas. Isto se deu após uma sangrenta guerra civil, quando o
cimério estrangulou o traiçoeiro regente anterior, Numedides, e usurpou
o trono. Após algumas tentativas deposição, ele teria se casado com a
cortesã Zenóbia e tido filhos com a mesma. Depois de cerca de trinta
anos no poder, com cerca de sessenta e oito anos, Conan teria deixado o
reino para seu filho mais velho, Conn, e partido para o enigmático
Oeste, onde, após uma contenda nas misteriosas Ilhas de Antillia,
remanescentes da desaparecida Atlântida, teria rumado com velhos
companheiros de seus tempos de pirata ao obscuro continente de Mayapan,
sendo que até aqui constam suas crônicas.
Personalidade e habilidades de Conan
Conan é descrito como ladrão
sagaz, mercenário e assassino frio, formidável guerreiro, com olhos
sombrios e mãos sempre prontas a empunhar uma espada. Vaga pelo mundo,
por luta, ouro, mulheres e vinho. Detesta particularmente a magia e
todos os seus praticantes. Ainda assim, ele conserva um certo príncipio
ético de justiça, o que o faria, por exemplo, defender pessoas
indefesas, depor governantes mesquinhos, etc. Seu deus é Crom,
considerado distante e que pouco liga para o destino dos homens. É
considerado invencível no combate de espadas. Possui força física
avantajada e reflexos e sentidos aguçados. Ele também é um líder nato e
excelente estrategista militar.
Constantes nas histórias de Conan
Duas constantes nas histórias de
Conan são as aparições quase que obrigatórias de seres sobrenaturais
grotescos e mulheres inversamente belas. Dentre estas, além da Rainha da
Costa Negra, apareceram com destaque em suas aventuras as guerreiras
Red Sonja (nos quadrinhos) e Valéria. Quase todas as bestas acabam
inevitavelmente sendo mortas por Conan, e quase todas as mulheres,
seduzidas por ele. Suas aventuras são sempre bastante violentas,
repletas de ação, sendo que os reinos mais civilizados são mostrados
como antros de corrupção, decadência, libertinagem e burocracia. O
motivo disso seria a grande decepção de Howard com os rumos da sociedade
moderna. Por isso, em suas histórias, aqueles que são chamados de
bárbaros é que são geralmente os guardiões de uma certa ética.
(Fonte : Wikipédia)
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